Friday, July 04, 2025

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Norman Reedus para a The Unlimited Magazine

De volta ao tempo em que Norman Reedus era o rosto das campanhas da Prada e fazia parte de exposições de arte aleatórias em Los Angeles, ele costumava pensar que tudo o que era necessário para atuar era um rosto bonito e a capacidade de comunicar-se. Hoje em dia, filmando a sua quinta temporada em The Walking Dead, como o emocional Daryl Dixon, Reedus sabe um pouco mais. Paramos um pouco para falar de arte, artesanato e bater um papo também.

Norman Reedus: Não há método em sua loucura.

Eu não tenho educação formal em nada.

Eu sempre me interessei por muitas coisas. Nunca fui ótimo em nenhuma delas, mas eu realmente me esforçava. Minha execução não é sempre a melhor, mas minhas idéias eram fantásticas às vezes.
Eu costumava pensar que a arte vinha de emoções sombrias e a minha arte, principalmente as esculturas, pinturas e fotografias, foram feitas nos momentos mais sombrios da minha vida. Apesar de ter feito muita coisa bacana, já superei aquela ideia. Talvez seja por crescer, ou simplesmente ver o outro lado da moeda. Agora, sempre que trabalho no material sombrio de The Walking Dead, eu vou a estes lugares sombrios dentro de mim. Eu estou normalmente feliz com o resultado, então acho que é assim que as coisas são.

Arte

Antes da vida de ator acontecer para mim, pensei que viveria essa vida de artista em Montauk, com alguns gatos, fazendo arte e estando sozinho. Meu livro de fotografias,  The Sun is Coming Up… Like a Big Bald Head, recentemente foi lançado, e ele mostra minha vida e viagens nos últimos 15 anos. Emocionalmente, não tenho problemas com isso, por que na fotografia você é removido de sua arte, ela ocorre separadamente de você; porém, ao atuar, é seu rosto, sua voz e seu corpo que criam a arte. Você não pode se esconder, o que torna as coisas ainda mais pessoais para mim.

Atuar

Quando comecei a atuar, eu realmente não pensava nisso como arte. Eu costumava achar que era basicamente o mesmo que ser modelo, mas falando algumas coisas. Quando comecei a me desenvolver como ator, descobri que se trata de arte colaborativa.

Eu não tenho ideia do que seja o método Stanislavski, mas eu trago partes de mim para os meus papéis.

Frank Darabont criou o personagem para o show, ele sequer era parte da HQ. Mas eu lembro de meu primeiro dia no set, foi... sabe, eu chego, e esse zumbi come um veado, e eu fico pensando "Será que ainda podemos comê-lo?" E eu então digo aquelas coisas, enquanto as pessoas olham para mim, tipo "seu idiota",  entende? E então eu preciso sair falando "Merle, venha cá, temos esquilos, vamos comê-los..." e essas coisas. Ele era um excluído. Minhas falas eram escritas de maneira sensível, tipo "foda-se, eu vou te matar!", mas o meu estado desconfortável pessoal naquele momento revelava quem aquele personagem era para mim. Eu nunca falei com Darabont sobre o personagem, ele me deixou criá-lo à minha maneira. Foi um processo orgânico encontrá-lo, mas os produtores e roteiristas no show recusam minhas ideias às vezes, por exemplo, "eu deveria ter um cachorro!" "Não, Norman, você não terá um cachorro".

R.I.P. Daryl Dixon?

As pessoas fazem especulações sobre Daryl ser morto na próxima temporada por que é divertido especular. Todo o personagem tem um tempo de validade, como na vida real. Eu não acho que nenhum dos personagens naquele show irá morrer em um leito de hospital com seus entes queridos ao seu lado.

Nada de Materialismo

A única "coisa" que sempre carrego comigo é meu gato,  Eye in the Dark. Ele viaja comigo para todos os ulgares. Eu não tenho uma coleção especial de objeto algum, realmente não faço coleções.

Um Membro da Revolução Digital

Apesar de ser um fotógrafo, devo ser honesto e dizer que não sou fiel a uma câmera específica. O que ficar melhor em minhas mãos e fotografar bem. Eu gosto do momento de gratificação que vem com o Twitter e  o Instagram. Eu não acho que faria uma exposição com fotos do Instagram, mas eu entendo...
 FONTE: The Unlimited Magazine, edição #6
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