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"Se Daryl Morrer, Nos Rebelamos"- Entrevista de Norman Reedus para a CNN

À medida em que  "The Walking Dead" se aproxima da midseason finale no Domingo, os fãs tem duas perguntas importantes em mente.

Primeiro, eles estão esperando por semanas para ver como Daryl Dixon ( Norman Reedus) reagirá às notícias de que sua amiga mais próxima, Carol Peletier (Melissa McBride)  foi banida da prisão onde os sobreviventes se abrigam.

Em seguida, eles querem saber como o ataque que aparentemente acontecerá à prisão, liderado pelo Governador ( com nada menos do que um tanque ) irá afetar os sobreviventes, especialmente Daryl, que não teve nenhuma grande cena durante boa parte do mês.

E, depois disso, gifs inspirados em Daryl , a abundante fanart que há online e o "grito-de-guerra-perfeito-para-uma-camiseta" "Se Daryl Morrer Nos Rebelamos"... Cuidado, Governador!

Reedus pouco apareceu na primeira temporada do show, mas, durante a segunda temporada, os fãs de zumbis foram infectados com a Darylmania.

Oficialmente, o personagem mais legal do apocalipse, o dono da besta Daryl acaba com walkers com flechas, conquistando fãs a cada momento. Parece que sobreviver significa ser igual a ele.

Esta temporada foi bastante difícil para Daryl, sendo traído por Bob e, claro, o já citado banimento de Carol ( e tudo isso depois de perder Merle na última temporada).

A CNN falou com Reedus sobre o que faz Daryl e o ator por detrás dele destacarem-se:
CNN: Quando você percebeu que o personagem tinha seu séquito especial de fãs?
Reedus: Comecei a reconhecer isso gradulamente, do começo. Ganhei o amor de muitas garotas após o discurso em "Cherokee Rose" ( segunda temporada). Eu não sei, eu acho que continuou crescendo gradualmente. Quando você está filmando , você não sabe muito o que está acontecendo por que está na Georgia, e está filmando. Aí você vai a algum lugar tipo a Comic Con e é "Caramba, tem muita gente!" Agora eu recebo muito carinho em qualquer lugar onde vá. Então acho que é algo gradual.

CNN: Daryl se encaixa perfeitamente no apocalipse na área rural da Georgia. Você gota de lá?
Reedus: Eu amo estar lá. Filmamos em Senoia, Georgia. Eu gosto muito mais do Sul do que de Atlanta. Sou um grande fã da Georgia. Ando de motocicleta praticamente todos os dias, e dirijo pelo país, as estradas menores, sem carros, apenas com vacas, árvores e capim. Eu amo, é o céu na Terra.

CNN: A importância de Daryl cresceu ao longo das temporadas. Como isso aconteceu?
Reedus: Na primeira temporada, tudo aconteceu longe do olhar de Daryl. Ele realmente não olhava ninguém nos olhos. Ele se mantinha em movimento; estava andando atrás de todos e não conseguia ficar sentado, estava desconfortável. Agora ele olha você diretamente no rosto, e ele pode ficar quieto tranquilamente. Eu não acho que ele sinta orgulho do que ele era antes. Ele foi feito assim,  estava condenado àquela vida e realmente não sabia disso. Ele tomou o caminho inverso dos demais membros do grupo. Ele pode viver sozinho, pode caçar e pode sobreviver por sua conta.  Eu tinha que encontrar a cola que o grudava a todas essas pessoas. Ele está começando agora a fazer conexões com pessoas pela primeira vez. Os relacionamentos que ele está desenvolvendo com estas pessoas e este sentimento de que elas precisam dele. Eu acho que ele se sente bem com isso. Ele odeia o que está acontecendo, que as pessoas podem morrer a cada segundo, mas ao mesmo tempo ele está descobrindo coisas a seu respeito.

CNN: Você fica assistindo as cenas onde você não participa?
Reedus: Quando Lori morreu, todo o elenco estava lá para ver acontecer, o mesmo com T-Dog. Nós assistimos uns aos outros e nos apoiamos, especialmente nas grandes cenas. Eu não quero saber de coisas que não preciso saber, apenas oferecer apoio às pessoas..

CNN: Na temporada passada, Daryl se reuniu por algum tempo com seu irmão Merle. Foi como você quis que acontecesse?
Reedus: Foi interessante quando fizemos a cena da arena. O Governador me leva até lá e tira o capuz. Então eu vejo Merle e, na verdade, me viro para o Governador. Não é como se você estivesse vendo um fantasma, mas quase como se você tivesse entrado em sua zona de conforto e gostado disso. Mas então, você está de volta àquela realidade,onde você está sendo usado para ser subjugado. As coisas não são escritas da maneira como fazemos. As nuances são as nuances do ator. Poderíamos todos estar lá, dito as mesmas palavras e agido como ursos enjaulados. Você pode interpretar daquela maneira, mas você interpreta da maneira como se sente e como você conversa com os roteiristas e diretores. Você colabora e faz tudo diferente por um motivo. Eu queria interpretar da maneira mais "encolhida" possível. Quanto mais eu me diminuía, mais ele olharia para mim tipo "É minha culpa, o que foi que eu fiz?" É muito mais do que "Meu Deus, choquei, é você!"  Você tem que interpretar a solidariedade e os laços que mantem essas pessoas interessadas e pensando umas nas outras.  Quanto mais amedrontado eu pareço, maior meu irmão parece. A situação desesperada, triste, é mais interessante do que o "Vamos matar todo mundo aqui!" Você tem que ser durão e assustado ao mesmo tempo.Tentei interpretar aquele cara como se ele sempre tivesse precisado lutar, e sempre com as costas contra a parede.

CNN: Alguma cena favorita depois de todos esses anos?
Reedus: Há uma cena onde ele caminha atrás de Rick, conseguindo leite em pó para a  Lil'Asskicker, e ele diz "Eu quero agradecer por tudo o que você fez," e ele responde "É o que nós fazemos.". Essa é uma.  Há outra com Carol no trailer, quando ele entrega a rosa e faz todo o discurso da "Cherokee Rose". Aquilo veio do nada. Eu não sei se ele realmente se deu por conta do que estava acontecendo. Há outra em que ele se afasta de Rick, e diz que ele é melhor sozinho. Quando Merle puxa a camisa dele também, e vê todas as cicatrizes, os cinco minutos seguintes, é outra. Tudo o que você diz e faz é importante, então ninguém realmente perde tempo. Você pode pegar cada cena que fez, e todas são diferentes faces deste personagem.

CNN: Você inicialmente se interessou pelo fato de ser um show de zumbis?
Reedus: Eu cheguei tarde para a temporada dos "pilotos" e eu nunca realmente pensei em fazer um seriado antes, eu estava fazendo filmes. Eu li todos aqueles pilotos - drama médico, drama de colegas de quarto, drama de advogados, e eles eram tão aprecidos, e esse se sobressaiu. Eu li e não vi zumbis nele, para ser honesto. Os personagens me atraíram a ele. Então eu vi quem estava ligado ao projeto, e era Frank Darabont e Gale Anne Hurd, e a AMC. E eu estava assistindo aos programas da AMC. Com estes três elementos, tinha que ser algo bom. Eu não vi um show de zumbis ou de monstros, eu vi pessoas de alta qualidade e um roteiro muito melhor do que os demais. Eu adoro que o personagem de Andrew Lincoln está sempre errando. Se ele simplesmente resolvesse tudo, seria chato. Frank deu-lhe esta cena, no alto do tanque, e há todos esses zumbis ao redor, até que ele finalmente sai e pula para fora do tanque para fugir, e torce o tornozelo. Frank disse a ele, seu personagem é assim. É muito interessante.

CNN: E a possibilidade de romance entre Daryl e Carol?
Reedus: Eu gosto que Carol e Daryl reconhecem no outro o quanto eles são feridos. É melhor do que "Solta a música e vamos transar."

CNN: Agora que você já tem alguns anos de experiência, o que o apavora? Alguma coisa além de zumbis?

Reedus: Doença me assusta. A morte me assusta. A maneira como Greg Nicotero faz aqueles zumbis, você acaba vendo a pessoa triste, assustada, morrendo, por detrás do monstro. É isso que os torna assustador.

 

 

POR: Henry Hanks
FONTE: http://edition.cnn.com/2013/11/29/showbiz/walking-dead-norman-reedus/?c=&page=1 

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